Estava caminhado pela vida, naquela estrada reta e segura. Foi quando ouvi uma voz estranha, vinda de um beco, uma rua sem saída. A voz era tão misteriosa envolvente que quis segui-la. No beco tinha uma escada, enooorme, não podia ver onde ela ia dar, mas fui convidada a subir e subi, estava tão encantada com a misteriosa voz que nem pensei duas vezes.
Queria alcança-la de qualquer jeito, deixei tudo para trás, só ia subindo, subindo... Sentia como se flutuasse, e nem percebi a que altura já me encontrava. Mas de repende,aquela voz doce, que eu queria tanto alcança, sumui, foi embora, como a chuva que cai sem avisar. E sem saber o que fazer, o que pensar, sozinha e sem forças, caí. Uma queda feia, em cheio no chão.
Doeu demais sabe? Acreditei tanto naquela voz... Chorei. Como chorei! Gritei. Esperneei como uma criança mimada. Mas a voz foi cruel e não voltou. Que frustração! Como pude largar meu caminho e seguir o incerto? Chorei. Não queria mais saber de nada, só de ficar ali. Um dia alguém me encontraria e me ajudaria a levantar e me levaria pela mão de volta ao meu caminho.
Ledo engano. Esperei, mas ninguém chegou. Esperei mais um pouco. Nada. "Onde estão todos?" Assim percebi que o mundo não iria parar pra que eu pudesse me levantar e desamarrotar minha roupa. Enquanto eu estava ali parada, estava perdendo todos os meus compromissos, e alguns muito importantes! Então tive que levantar por mim mesma. Como foi difícil! Eu sempre fui guiada, e resolvi me aventurar, caí sem ninguém pra levantar. Mas eu quis... Esse é o preço que se paga. Amadurecer.
Sou daquelas que acredita que tudo que acontece em nossas vidas, tinha que nos acontecer. Assim nos tornamos melhores, mais fortes, e nos prepara pra novas escadas. Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. Levei esse tombo hoje, mas foi pra aprender a subir melhor, com mais atenção, degrau por degrau, passo a passo. E talvez ao fim da próxima escada a voz não vá embora, ela permaneça, e assim eu possa ver alguém por inteiro.
Quase nada.
Pensamentos, sentimentos, tormentos e lamentos,confusão, confissão, imensidão...
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Saudade
Bom, estréio este blog, pra colocar os meus turbilhões e tormentos pra correr.
Vou desabafar como alguém que leva um soco no estômago, como um dedo que aperta no sapato, uma roupa que aperta ou uma lágrima que cai. Caaaaalma! Não sou depressiva assim, ou sou... Só estou vivendo como muitas pessoas por aí, com Saudade...
Minha saudade veio como um paradoxo, as vezes triste, as vezes feliz. Saudade de contar os minutos pra te ver, saudade do quarto desarrumado, saudade do tempo que ao mesmo tempo em que voava, parava enquanto estava contigo, saudade de acreditar no "pra sempre".
Saudade do abraço forte e acolherdor, que me fazia sentir tão protegida, quanto um pássaro no ninho. Saudade de cuidar de você e você de mim. de ouvir sua voz macia e doce antes de dormir, ou rouca ao pé do ouvido. Saudade da embriaguez do seu sorriso, da hipnose do olhar e do calor dos braços. Saudade dos beijos e da água gelada pelo corpo. Saudade das risadas e das besteiras de criança.Dos desabafos e das lágrimas derramadas. Da rede, das pernas entrelaçadas, do esquecer do mundo, saudade da pipoca com sazón, de ouvir teu coração batendo forte...
Saudade de pegar na mão. Tocar o corpo. Sentir na alma.
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